sábado, 24 de abril de 2010

Arrepios

As palavras mal saem da boca...
O corpo pesa e falta o equilíbrio...
Respira... Refaz... Recompõe-se

A visão fica nublada
O sangue parece se esvair...
Os dedos perdem a cor
E o rosto fica pálido.

Os pelos eriçam
A boca saliva
Os olhos brilham
O medo transborda...

...

Os olhos retornam
O sangue pulsa violentamente...
O rosto assume a vermelhidão
e finalmente...


E finalmente seus lábios se encontram
E em uníssono ouve-se um tímido: Sim!!!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Casa

Coisas que não tem preço...

- Fechar os olhos no ónibus para só abrir quando chegar na rodoviária (com medo de perder a boa sensação que crescia no peito)

- Ir andando da rodoviária ao hotel só para tocar nas flores, folhas e árvores.

- Respirar um ar que não há igual.

- Ver mamãe depois de ficar um tempo fora.

- Ver todo mundo que se ama depois de ficar um tempo fora.

- Ver Juçara.

- Ganhar seu primeiro ovo de pascoa da Cacau Show.

- Ir com a mãe até o novo supermercado e encontrar uma bandeia com Uramaki pronto para serem devorados.

- Ver a lua linda cor de abóbora nascer no horizonte.

- Parecer uma besta, retardada com perigo de ser assaltado admirando-a.

- Ver a cachorra mais linda do mundo.

- Ver a segunda cachorra mais linda do mundo.

- Ver minha bicicleta e parecer um esquizofrênico ao olha-lá e começar a falar no diminutivo.

- Ter a Yuna de volta no meu pescoço.

- Conversar com Ivo.

- Ter no peito a sensação de que pode conquistar qualquer coisa no mundo e ainda acordar com ela.

- Acordar com o primeiro raio de sol (no seu rosto é claro).

- Ir até Panis com todo mundo numa van alugada para passar a semana santa na casa de Dona Adélia.

- Vir cantando todo o trajeto de idá e volta com direito a "Natasha" e "jumento celestino".

- Comer vatapá.

- Andar de bike.

Coisas que só o dinheiro paga:

- A passagem de volta para casa.