sábado, 19 de março de 2011

Declaração (1)





Que a efemeridade do mundo consiga me explicar em suas entrelinhas àquilo que é inefável. 
Pois todas as palavras já foram ditas e todos os sentimentos sentidos.

Que possa explicar como seus olhos emitem um brilho lunar ou como sua tez fica absurdamente hipnotizante quando a luz do sol se reflete nela.

Que os grandes cientistas e teóricos possam experimentar o calafrio e as palpitações que sinto ao ter sua presença notada ou como meu olfato apurado sente seu cheiro mesmo antes  de ter sabido quem você era.

E que essas palavras não percam seu valor e que seu coração possa entendê-las tais como as transmito: “Esse imperfeito, perfeito... é meu”.